quinta-feira, 28 de junho de 2007

CHUPA CABRA: Lenda ou Realidade?!


Chupa-cabra é, supostamente, um animal desconhecido para a zoologia que mata sistematicamente animais rurais em regiões da América, como Porto Rico, Flórida, Nicarágua, Chile, México e Brasil. O nome da criatura deve-se à descoberta de várias cabras mortas em Porto Rico com marcas de dentadas no pescoço e o seu sangue alegadamente drenado.

É um mistério. Ninguém conseguiu explicar ainda quem é o responsável pela morte de animais de pequeno porte em áreas rurais de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Não que estes animais nunca tenham sido alvo de carnívoros mais agressivos, mas é que este tem uma maneira nada convencional de atacar suas vítimas. Cabras, ovelhas, galinhas e bezerros têm aparecido mortos, sem sangue, sem os órgãos principais – retirados por pequenos orifícios – e muitas vezes sem orelhas, patas e focinhos. O estranho animal age geralmente à noite de forma silenciosa e deixa poucos rastros. Os corpos mutilados das vítimas – em geral fêmeas prenhes – não apresentam vestígios de luta. Até agora ninguém testemunhou um ataque da fera, mas algumas pessoas garantem que já viram a "coisa". Foi o que aconteceu com a cebeleireira Vera Lúcia Rosa e com o pedreiro Anísio Caxeta, ambos da cidade de Sumaré, 30 quilômetros distante de Campinas, onde vários casos foram registrados. Vera diz que deu de cara com o bicho num terreno baldio e Anísio viu o Chupacabras passar na margem de um rio. Ambos acreditam que é um ser de outro mundo.
Até agora ninguém testemunhou um ataque, mas o número de casos tem aumentado e a coisa está ganhando notoriedade, em páginas de jornais, revistas, televisão e até em sites da Internet. A opinião da população está dividida, duplicando a confusão em torno da origem da criatura.
Em primeiro lugar, na busca pela verdade, deve-se dizer que o fenômeno é mundial, com fortes características terceiro-mundistas, e chegou ao Brasil recentemente. Já há alguns casos de ataques a seres humanos registrados, no Estado de Minas Gerais, mas sempre sem vítimas fatais. Sua característica principal é drenar o sangue da vítima A «coisa» recebe o nome de Chupacabras. Primeiro, porque a característica principal dela, segundo sitiantes e eventuais ufólogos interessados no assunto, é drenar totalmente o sangue dos animais abatidos. Segundo, por ter surgido pela primeira vez em Porto Rico, na América Central, lugar de grande concentração de criação de cabras. Os ataques dos Chupacabras também são relatados em outros países das Américas, como Estados Unidos, México e na região do Caribe, na Espanha, Portugal, Índia e mais recentemente na Turquia. Em Porto Rico, os primeiros ataques começaram há cinco anos. Ganharam fama em 94, quando o País viveu uma verdadeira febre de Chupacabras. Não se tem notícia de chupacabras investindo, por exemplo, na Suécia, ou na Finlândia, ou mesmo na Bélgica. Talvez por culpa dos rebanhos desses países. Camisetas, buttons, bonecos Chupacabras foram confeccionados aos milhares. O México viveu a febre mais recentemente, no ano passado.
No Brasil, as primeiras ações do Chupacabras datam de meados de 95. Mas recentemente os ataques recrudesceram. Há cerca de dez dias, o casal José Noracil e Vera Lúcia da Rocha Cristale recebeu logo cedo o telefonema do caseiro dando conta que as únicas três cabras que possuíam haviam sido mortas estranhamente. O casal mora em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, e tem uma chácara em Mairinque, cerca de 70 quilômetros da capital. O caseiro José Carlos da Silva foi alimentar as cabras, todas prenhes, pela manhã e as encontrou mortas, com perfurações no pescoço. Ele passa a noite distante cerca de 300 metros do local. O que mais o assustou foi a ausência de resistência dos animais, a falta de sangue no local e nos bichos e não ter ouvido absolutamente nada. «Nunca vi nada igual e desde que nasci moro no mato», diz. «Os cachorros quando atacam deixam rastros por todos os lados e aprontam a maior barulheira. Estou muito na dúvida de que o diabo possa ter causado isso.» Faz coro ao caseiro o pedreiro Clarício Prado, que vive no local há 20 anos e estava junto com José Carlos quando as cabras foram encontradas. Já vi muito bicho morto por cachorros e outros predadores, mas eles sempre deixam uma sujeirada, devoram parte dos animais. E aqui isso não aconteceu. Uma das cabras teve a pata arrancada e deixada sobre o corpo. Que bicho bobo é esse que mata, tira o sangue e não come?», pergunta Clarício.
Em Campina Grande do Sul, a 30 quilômetros de Curitiba, no Paraná, segundo os sitiantes, já morreram desde janeiro aproximadamente 70 animais, a maioria ovelhas, da mesma maneira. O mito Chupacabras tem aterrorizado tanto os moradores que a Secretaria de Meio Ambiente local, em parceria com a polícia florestal e técnicos do Zoológico de Curitiba, está investigando os casos. Segundo a secretária Tosca Zamboni, os primeiros laudos mostram que as ovelhas foram vítimas de cachorros domésticos. «Examinamos pêlos e outros vestígios deixados nos locais pelos agressores, como pegadas, comparamos com os de outros animais e chegamos à conclusão de que o Chupacabras não passa de uma matilha de cachorros. Fizemos ainda um trabalho preventivo, pedindo aos donos de chácaras que coloquem telas e armadilhas.» Um mistério. Por que, até agora nenhum Chupacabras foi apanhado nessas armadilhas? Rosimara Vianna, proprietária de uma chácara em Campina Grande do Sul, que sofreu cinco ataques, ainda se sente confusa e acha o fato muito intrigante. Ela teve 15 ovelhas abatidas e também ninguém viu de que maneira.
Os rumores sobre a existência do misterioso ser foram paulatinamente desaparecendo, cessando antes da virada do milênio.

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